sexta-feira, 30 de abril de 2010

Estudantes contra caução em residências universitárias




Estudantes contra caução em residências universitárias Regulamento estará em discussão pública até final de Maio

00h30m
JOÃO PEDRO CAMPOS *, COM LUSA

O regulamento de utilização das residências universitárias em Coimbra vai estar em discussão pública, prevendo-se que esteja terminada até ao final de Maio. Entretanto, um grupo de alunos já lançou uma petição contra uma caução para acesso às residências.

Ontem já decorreu uma reunião entre o administrador dos Serviços de Acção Social da Universidade de Coimbra (SASUC), Jorge Gouveia Monteiro , e os estudantes pertencentes ao Conselho de Acção Social, onde, diz o responsável, "já foram feitas algumas propostas". Gouveia Monteiro pretende "trabalhar nessas propostas durante o fim de semana, depois colocar na página dos SASUC na Internet e enviar a todos os delegados das residências".

Segundo o administrador dos serviços, qualquer pessoa pode participar na discussão pública da forma que entender. "Não vou exigir que sejam só estudantes que vivam em residências a participar. Se é pública, é pública", afirma, acrescentando que quer fazer "uma discussão pública séria, para que haja um regulamento no qual toda a gente se reveja".

Um dos pontos de maior contestação dos estudantes tem a ver com uma caução de 50 euros para acesso às residências. A medida, em vigor desde Setembro, pretende ressarcir os SASUC por eventuais danos provocados pelos estudantes. A caução levou a um abaixo-assinado promovido pela Plataforma de Residências Universitárias, com 600 subscritores, onde os estudantes propõem um sistema que penalize apenas os autores dos danos.

"A Universidade impõe a estudantes carenciados o pagamento prévio de 50 euros para aceder às residências, logo em Setembro, quando as bolsas de estudo ainda não foram atribuídas. Queremos que apenas seja prejudicado o infractor", conta à Lusa Hugo Ferreira, porta-voz da Plataforma.

Punir os infractores

No documento, os estudantes sustentam que "se o objectivo é o de prevenir eventuais danos causados e punir os já provocados, a melhor forma de prevenção é a punição dos infractores, no momento da infracção e na medida dos danos causados".

Para o grupo, "o estudante assinaria um documento que permitisse aos SASUC, no caso de provocar danos, e apenas na data da ocorrência do mesmo, descontar da sua bolsa o valor equivalente ao prejuízo". A Plataforma propõe ainda que o pagamento do dano possa ser efectuado de forma faseada.

"Os SASUC têm um departamento jurídico que pode tratar do assunto, mas até é fácil descobrir os autores dos danos, por outros utentes da residência ou seu delegado e mesmo do funcionário responsável", sustenta Hugo Ferreira.

Gouveia Monteiro encara a proposta dos estudantes como "um contributo" para a discussão do regulamento. Coimbra tem actualmente 13 residências universitárias, num total de 1354 camas.

Fonte: http://jn.sapo.pt/paginainicial/pais/concelho.aspx?Distrito=Coimbra&Concelho=Coimbra&Option=Interior&content_id=1556971

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