quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Protesto contra condições das residências







A Plataforma das Residências juntou-se ao cortejo da Latada para chamar a atenção para o estado de degradação das residências de estudantes da Universidade de Coimbra. “O estado das residências põe-me Gago”, lia-se na faixa que exibiram, exigindo também mais financiamento e menos burocracia.
Hugo Ferreira, porta-voz da plataforma, elogia as unidades recentes, mas alerta para o facto de as mais antigas apresentarem condições que colocam em risco o sucesso escolar dos moradores. Uma das que, segundo o estudante apresenta pior estado é a Residência Feminina de S. Salvador, para a qual reverteu um peditório que foi realizado durante a tarde.

in Diário de Coimbra

Plataforma de Residências da UC no Cortejo das Latas

Plataforma de Residências da UC no Cortejo das Latas, leia aqui a notícia.

Já antes, um grupo de estudantes a viver em residências universitárias se juntava aos protestos, com uma faixa onde se lia: "O estado das residências põe-me Gago", numa alusão ao ministro do Ensino Superior. "É um esforço de consciencialização colectiva em relação ao estado das residências universitárias. As mais antigas têm mais de 30 anos e estão já muito degradadas, e aproveitámos a exposição pública do cortejo para fazer o protesto", conta Hugo Ferreira, porta-voz da Plataforma de Residências Universitárias de Coimbra. in Jornal de Notícias












Mais fotos aqui

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Plataforma de Residências da Universidade de Coimbra junta-se aos protestos no Cortejo da Festa das Latas

A Plataforma de Residências juntar-se-à amanhã ao Cortejo da Festa das Latas, com faixas e pancartas, com o intuito de denunciar o estado de degradação em que se encontram as Residências Universitárias em Coimbra, o desinvestimento por parte do Governo da República no Ensino Superior e nas suas instituições de apoio social e o corte desenfreado nas bolsas de estudo provocadas pelas políticas de austeridade e pelo decreto de lei 70/2010.

No decorrer do cortejo a Plataforma de Residências Universitárias de Coimbra também fará uma recolha de fundos simbólica que reverterá para a Residência Feminina de São Salvador, uma das mais degradada e precária de toda a Universidade.

Para além destas denúncias a Plataforma também mobilizará para a manifestação nacional de estudantes marcada para 17 de Novembro de 2010.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Queixa ao Provedor do Estudante na Imprensa

Residências estão mais caras e degradadas. Alunos da universidade dizem que o diálogo está a acabar e prometem protestos.

Os estudantes de Coimbra estão revoltados com o aumento do valor de caução para as residências universitárias. Este ano tiveram de pagar 57 euros, mais sete euros do que em relação no ano lectivo passado, algo incompreensível para a Plataforma de Residências da Universidade de Coimbra (PRUC), tendo em conta que noutros locais ou não se paga ou os valores são muito mais baixos.

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Estudantes de Coimbra contestam aumento da caução nas residências

A Plataforma de Residências da Universidade de Coimbra (PRUC) contestou hoje o aumento do valor da caução dos estudantes residentes, por entender que num período de crise esse pagamento, “já de si injusto”, menos se compreende.

“Neste cenário de crise social não se consegue perceber o porquê do aumento do valor de uma caução, já de si injusta e lesiva, de 50 euros, para 57 euros efetuado pelos Serviços de Ação Social da Universidade de Coimbra (SASUC), que assim parecem ignorar a petição subscrita por 600 estudantes contra aquele pagamento”, refere a organização em comunicado.

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A PRUC enviou hoje, 18, uma carta com queixas ao Provedor do Estudante relativamente à degradação das residências universitárias. "A DG/AAC está a ter uma postura de silêncio incompreensível" quanto a este processo, acusa Hugo Ferreira

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segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Resumo da Carta enviada pela PRUC ao Provedor do Estudante da Universidade de Coimbra

A Plataforma de Residências da Universidade de Coimbra enviou hoje uma carta ao provedor do estudante da Universidade de Coimbra, alertando para os problemas em matéria de acção Social escolar em geral e da situação das residências universitárias em particular. Esgotada de forma inglória a via do diálogo com os SASUC e o pelouro de acção Social da D.G-AAC, que ignoraram todas as nossas propostas alternativas na discussão do Regulamento Geral das Residências da Universidade de Coimbra, a PRUC decidiu enviar ao Sr. Provedor uma carta onde além de um conjunto de participações, enuncia um conjunto de recomendações para melhorar os serviços dos SASUC.

Para além da apreensão em relação às consequências do Decreto-Lei 70/2010, designadamente a diminuição do número de bolseiros e a redução do valor das bolsas de estudo, a PRUC lamenta e contesta o aumento do valor do prato social de 2.15 Euros para 2.40 Euros e demais consequências lesivas em que o sub-financiamento estatal se tem traduzido.

É, pois, neste cenário de crise social que a PRUC não consegue perceber o porquê do aumento o valor de uma caução, já de si injusta e lesiva, de 50 Euros, para 57 Euros efectuado pelos SASUC, que assim parecem ignorar, a petição subscrita por 600 estudantes contra aquele pagamento. Neste sentido, interpela o Provedor do estudante da UC que recomende aos SASUC um modelo de prevenção que penalize apenas os transgressores, no momento em que o dano se verifica e apenas na medida deste. A manter-se o modelo injusto de Caução, a PRUC reivindica 2 condições:

1-Diminuição imediata do valor da Caução, pelo menos em 50%;

2- A possibilidade de se poder proceder ao seu pagamento apenas no momento da definição de atribuição ou não de bolsa e seu respectivo pagamento, no caso de candidatos a bolseiros, para que nenhum estudante fique à partida excluído;

Outro dos pontos presentes na carta da PRUC ao provedor do estudante da UC, prende-se com a excessiva burocracia já de si existente nos SASUC, agora acrescida pela exigência da Caução. Para fazer face a este problema a PRUC sugere que o provedor do estudante recomende aos SASUC as seguintes alterações na sua prática:

1- A possibilidade de celebrar o contrato de alojamento através de meios electrónicos ou postais, através da disponibilização do respectivo contrato via e-mail pelos SASUC. Assim se evitariam as filas intermináveis no Serviço de Alojamento como as verificáveis em Setembro último.

2- Consagrar a candidatura a alojamento, válida não por um único ano lectivo, mas por ciclos de estudo, salvo casos excepcionais (dívidas aos SASUC, comportamento contrário ao Regulamento, alteraçaõ substancial da situação sócio-económica).
Por último, a PRUC chama a atenção do Sr. Provedor do estudante da UC para a crescente descaracterização dos diversos serviços de acção social, em particualr dos sasuc, que vem fazendo destes serviços meros serviços administrativos, amputando-lhe da necessária sensibilidade social que o seu próprio nome exige.

terça-feira, 14 de setembro de 2010





"Nós, estudantes da Academia do Porto, em protesto nesta Cerimónia Oficial dizemos:


Não há cerimónias porque nos últimos dez anos, um terço dos estudantes mais pobres abandonou o Ensino Superior, sendo que esta realidade aumenta a cada ano que passa.


Não há cerimónias porque nos últimos 15 anos, as propinas aumentaram 400% em Portugal.


Não há cerimónias enquanto este for o terceiro país da Europa com a propina mais elevada.


Não há cerimónias enquanto tivermos um problema de democracia no Ensino Superior.


Não há cerimónias enquanto a redução e a falta de verbas destinadas à Acção Social continuarem a empurrar estudantes para fazer empréstimos.


Não há cerimónias porque 11 mil estudantes devem 130 milhões de euros à banca, quando ainda não trabalham, e não têm nenhuma garantia em relação ao seu trabalho futuro.


Não há cerimónias enquanto a maioria dos 70 mil bolseiros em Portugal receber de bolsa mínima apenas 100 euros por mês.


Não há cerimónias quando a resposta a um pedido de bolsa demora em média 4 meses.


Não há cerimónias quando, numa das maiores crises sociais de todos os tempos, o Governo decide reduzir nas bolsas, atirando estudantes para fora do Ensino Superior.


Não há cerimónias quando um ano lectivo começa sem os Serviços de Acção Social saberem os dados que necessitam para analisar os pedidos de bolsas, porque o Sr. Ministro ainda não fez aprovar o Despacho necessário.

Não há cerimónias enquanto este «Ensino» só for público para quem tem 1000 euros para pagar as propinas.

Nós, grupo de estudantes aqui em protesto, dizemos: Ensino Superior Público para todos e todas."

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Novo regulamento de Atribuição das Bolsas de Estudo

Novo regulamento de Atribuição das Bolsas de Estudo

Depois de vários meses de anúncios (desde Março), o Governo publicou finalmente o novo regime de bolsas de Acção Social do Ensino Superior no início de Setembro. Apesar de ser uma exigência dos estudantes desde há muito tempo, este regulamento surge sobretudo para cumprir os objectivos do Programa de Estabilidade e Crescimento (o PEC), que tem uma concretização no Decreto-Lei 70/2010, que vem alterar muito nas nossas vidas e das nossas famílias.

O que é o decreto-lei 70/2010 sobre os apoios sociais?

No âmbito do PEC, os apoios sociais têm novas regras, definidas por esse decreto de lei do Governo, que entrou em vigor no dia 1 de Agosto de 2010. Essas regras obedecem a um único critério, anunciado pelo primeiro-ministro: poupar 200 milhões de euros nas prestações sociais, entre as quais se contam o abono de família, as bolsas dos estudantes mais pobres, o apoio a quem perdeu o emprego, a comparticipação dos medicamentos, etc. Porque o Governo decidiu cortar naqueles que têm menos poder – os mais pobres, os que trabalham, os mais velhos que vivem das pensões, os estudantes – criou novas regras para todos estes apoios. Entre elas contam-se: mudar a capitação, mudar as fórmulas de cálculo do rendimento dos agregados, mudar o conceito de agregado familiar (fazendo com que nele entre o rendimento até de bisavós ou primos), mudar o valor de referência dos apoios (no caso da bolsa, passa do salário mínimo para o indexante dos Apoios Sociais, IAS, que é de valor inferior).

O que é a capitação?

Capitação vem de capita, que significa cabeça em latim. O rendimento per capita é o rendimento por cabeça, ou seja, por pessoa, dentro de uma família (ou agregado familiar). A capitação é a base a partir do qual se decide se um estudante tem ou não direito à bolsa, porque é aí que se define quanto é que ele tem para viver. Por exemplo, numa família de 4 pessoas, com dois trabalhadores (pai e mãe) e dois filhos, se a mãe ganhar 900 euros e o pai 800, o rendimento per capita será 1700 euros/ 4 pessoas, o que dá uma capitação de 425 euros. Só que com o DL 70, essa capitação diminui, porque cada membro adulto da família, em vez de contar como uma pessoa conta como 0,7 pessoa (um sétimo de pessoa) e os menores contam como 0,5 (um jovem de 17 anos conta como meia pessoa). Ou seja, essa família que ganha no total 1700 euros, passa a ter uma capitação de 1700 euros/2,9 pessoas, o que dá uma capitação de 586 euros. Como a família parece ser mais rica com esta extraordinária nova fórmula de cálculo, muitos estudantes serão excluídos da bolsa por “excesso de capitação”.

Quantos vão ser excluídos?

Segundo a Direcção-Geral do Ensino Superior, as alterações ao sistema de Acção Social Escolar podem este ano excluir cerca de 20 mil estudantes. São estudantes como nós, como tu, que acabaste de entrar para o Ensino Superior e que precisam de apoio para pagar propinas, transportes, livros, rendas, alimentação, etc.
A Garra luta por um sistema de Acção Social Escolar que cubra as necessidades reais dos estudantes e pela redução do valor das propinas, cumprindo a tendência para a gratuitidade garantida na Constituição. No entanto, desde 1995, um terço dos estudantes com menos rendimentos abandonaram o Ensino Superior.

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Na nossa opinião,ninguém deve ser impedido de aceder ao conhecimento por falta de dinheiro e é isto que está a acontecer. Porque a Educação é um direito, uma necessidade que a sociedade tem meios para suportar, se o dinheiro for bem distribuído.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Juntar Forças nas Residências Universitárias

Quando a 22 de Abril a Plataforma de Residências da Universidade de Coimbra entregou ao Sr. Administrador dos SASUC 600 assinaturas e em anexo uma carta, ao longo da qual expusemos os nossos motivos contra a imposição do requisito da Caução como pressuposto de acesso/atribuição de Residência Universitária (RU), o Dr. Gouveia Monteiro revelou-nos que, em virtude da alteração do Regulamento das RU, promoveria um debate sério sobre aquele e outros problemas das Residências. Esse debate realizou-se a 17 de Maio. Aí tivemos oportunidade de apresentar algumas propostas alternativas do projecto de Regulamento das RU apresentado pelos SASUC. Dou-vos a conhecer duas.

A primeira visava estabelecer a possibilidade de a candidatura a alojamento ser apresentada não anualmente, mas por ciclos de estudo, salvo situações excepcionais. Desta forma, pretendíamos para além de diminuir a burocracia que onera estudante e SACUC, evitar a repetição de prestação de informações que já são do conhecimento dos SASUC, por intermédio do Serviço de Bolsas. Regime semelhante teriam os residentes não bolseiros, com a pequena ressalva de a sua ida e permanência nas RU depender, não só dos mesmos critérios dos bolseiros, mas sobretudo da sua manifestação de vontade e de vaga disponível.

Concretizando o trabalho feito na petição contra o requisito da Caução, apresentámos um modelo alternativo à prevenção e repressão de danos patrimoniais eventualmente causados nas RU (é este, oficialmente, o fim da Caução). Propusemos que cada candidato a alojamento assinasse um documento (regime que vigora em sede de pagamento de renda), através do qual autorizasse os SASUC a descontar da sua bolsa o montante equivalente ao dano provocado, não antecipadamente (em Setembro), mas apenas e só no momento da infracção. Para não bolseiros o regime seria análogo, apenas com o ónus de o candidato celebrar o mesmo contrato de débito directo.

Mais do que a crítica inócua, reflectimos e construtivamente apresentámos propostas de solução. Sem argumentos convincentes, muitas vezes disparatados, as propostas foram rejeitadas pelos SASUC. Ficou, porém, a garantia dada pelo Sr. Administrador que quando o novo Regulamento entrasse em vigor, todas as Residências teriam acesso à Internet. De valorizar decerto. Acontece que nessa data terão igualmente os estudantes das RU de pagar uma caução em Setembro, sem bolsa atribuída nem paga (sem que disso sejam responsáveis), não de 50Euros, mas de 95Euros! Mais de 80 mil euros estarão, então, consignados, cerrados, ao mesmo tempo que centenas de estudantes esboçarão este pensamento: “Que falta me faz esse dinheiro para comprar material de estudo, para pagar a renda, a alimentação…”.

Uma palavra para o papel da DG-AAC neste processo. Evidenciando a clara falta de conhecimento dos problemas concretos das RU e provando mesmo que a Acção Social não constitui a sua prioridade política, a DG-AAC limitou-se, durante este período, a marcar uma reunião com os delegados, tendo obtido apenas a resposta de cerca de 15% dos delegados (9). Mais longe foi o responsável do pelouro da Acção Social no debate de 17 de Maio. Sugeriu que os SASUC “estabelecessem um limite mínimo de rolos de papel higiénico a distribuir mensalmente a cada estudante…”. Conteúdo programático respeitável, decerto!

quarta-feira, 5 de maio de 2010

O novo Regulamento: A Plataforma de Residências da UC terá uma palavra a dizer

Completam-se hoje treze dias desde a entrega ao Administrador dos SASUC, Dr. Gouveia Monteiro, de uma carta contestatária do pagamento da Caução, à qual para além de 600 assinaturas, anexamos uma proposta de modelo alternativo em matéria de prevenção de eventuais danos patrimoniais causados nas Residências Universitárias dos SASUC (RU-SASUC). A dita carta foi entregue presencialmente por 5 membros da Plataforma de Residências e durante a nossa recepção, apresentamos genericamente o conteúdo da carta, solicitando, posteriormente, a marcação de uma reunião entre porta-vozes da plataforma e os SASUC. Cordialmente, o Dr. Gouveia Monteiro, respondeu-nos que estava prevista “uma discussão pública séria e, portanto, ela não excluiria ninguém.” Acontece que, passado todo este tempo, nenhum dos porta-vozes da Plataforma de Residências da UC definidos na carta entregue foi contactado pelos SASUC para discutir seja o que for.

Entretanto, começou ontem, 2 de Maio, o processo de discussão pública do novo Regulamento das RU-SASUC, estando previsto o encerramento daquela discussão a 24 de Maio. Essa discussão foi divulgada via email e ao que nos têm informado alguns colegas das RU-SASUC, a informação ainda não chegou a todos os delegados, nem a todas as Residências. A Plataforma de Residências da UC saúda esse debate e compromete-se a tudo fazer para o enriquecer. Lamentamos que, para além da aparente indisponibilidade em conceder-nos a reunião pedida na Carta apresentada a 22 de Abril, nos seja vedada a informação dos prazos de discussão do novo Regulamento das RU-SASUC. Para 17 de Maio está marcada uma reunião/debate, com a presença de todos os delegados da RU-SASUC a realizar sala de estudo da Residência Pólo III. Não somos capazes de esconder algum espanto quanto ao local escolhido pelos SASUC para a realização dessa reunião, porquanto a grande maioria das RU-SASUC se situa geograficamente bastante longe do local definido, o que sem dúvida dificultará a presença de muitos delegados e tornará, em consequência, a discussão menos frutífera. Neste sentido a Plataforma de Residências da UC, solicitará aos SASUC, através, de uma carta, que a reunião tenha lugar na cantina dos grelhados, como aliás sucede com as Assembleias Magnas, dada a centralidade daquela cantina e a maior probabilidade de mobilização de delegados. Se se verificar a impossibilidade da reunião não se poder realizar nesse local, consideramos importante, que a alternativa passe por um local central na cidade e que potencie a presença do máximo número de delegados.

Até ao momento a Plataforma de Residências da UC não recebeu nenhuma informação sobre o processo de discussão público do Regulamento das RU-SASUC, nem da reunião a realizará a 17 de Maio. Queremos por isso manifestar o nosso desconforto com esta situação. Julgamos inglória a estratégia de desvalorização por parte dos SASUC, do importantíssimo trabalho que realizámos à meses. Trabalho, sublinhe-se, cívico, sem que sobre nós recaia qualquer tipo de obrigação, seja ela, institucional ou político-eleitoral. Não queremos comprar “uma discussão jornalística” com os SASUC sobre o discussão do novo Regulamento das RU-SASUC, ainda que tenha sido apenas através da imprensa que logramos alcançar respostas sobre este tema por parte do Dr. Gouveia Monteiro. Apesar tudo disso, queremos manifestar a nossa vontade de participar construtivamente na discussão do novo Regulamento RU-SASUC, para que os objectivos a que nos propusemos quando nos unimos, possam ser concretizados.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Discussão Pública do Novo Regulamento Geral das Residências Universitárias dos SASUC

Os Serviços de Acção Social da Universidade de Coimbra estão a proceder à formulação de um novo Regulamento Geral das Residências Universitárias.

Torna-se público o projecto de Regulamento.

Pode enviar, até 24/05/10, as suas propostas para o e-mail:

gabadmin@sas.uc.pt ou alojamentos@sas.uc.pt

A proposta de Regulamento pode ser lida aqui:
http://www.uc.pt/sasuc/ALOJ_REGULAMENTO_residencias_versao_corrigida.pdf

Tal como é público a Plataforma de Residências da Universidade de Coimbra enviou há duas semanas uma carta aberta ao Sr.Administrador dos SASUC com as suas propostas no que toca à caução.

Ainda esta semana a Plataforma irá tornar públicas todas as suas propostas de alteração ao projecto de regulamento apresentado pelos SASUC.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Estudantes contra caução em residências universitárias




Estudantes contra caução em residências universitárias Regulamento estará em discussão pública até final de Maio

00h30m
JOÃO PEDRO CAMPOS *, COM LUSA

O regulamento de utilização das residências universitárias em Coimbra vai estar em discussão pública, prevendo-se que esteja terminada até ao final de Maio. Entretanto, um grupo de alunos já lançou uma petição contra uma caução para acesso às residências.

Ontem já decorreu uma reunião entre o administrador dos Serviços de Acção Social da Universidade de Coimbra (SASUC), Jorge Gouveia Monteiro , e os estudantes pertencentes ao Conselho de Acção Social, onde, diz o responsável, "já foram feitas algumas propostas". Gouveia Monteiro pretende "trabalhar nessas propostas durante o fim de semana, depois colocar na página dos SASUC na Internet e enviar a todos os delegados das residências".

Segundo o administrador dos serviços, qualquer pessoa pode participar na discussão pública da forma que entender. "Não vou exigir que sejam só estudantes que vivam em residências a participar. Se é pública, é pública", afirma, acrescentando que quer fazer "uma discussão pública séria, para que haja um regulamento no qual toda a gente se reveja".

Um dos pontos de maior contestação dos estudantes tem a ver com uma caução de 50 euros para acesso às residências. A medida, em vigor desde Setembro, pretende ressarcir os SASUC por eventuais danos provocados pelos estudantes. A caução levou a um abaixo-assinado promovido pela Plataforma de Residências Universitárias, com 600 subscritores, onde os estudantes propõem um sistema que penalize apenas os autores dos danos.

"A Universidade impõe a estudantes carenciados o pagamento prévio de 50 euros para aceder às residências, logo em Setembro, quando as bolsas de estudo ainda não foram atribuídas. Queremos que apenas seja prejudicado o infractor", conta à Lusa Hugo Ferreira, porta-voz da Plataforma.

Punir os infractores

No documento, os estudantes sustentam que "se o objectivo é o de prevenir eventuais danos causados e punir os já provocados, a melhor forma de prevenção é a punição dos infractores, no momento da infracção e na medida dos danos causados".

Para o grupo, "o estudante assinaria um documento que permitisse aos SASUC, no caso de provocar danos, e apenas na data da ocorrência do mesmo, descontar da sua bolsa o valor equivalente ao prejuízo". A Plataforma propõe ainda que o pagamento do dano possa ser efectuado de forma faseada.

"Os SASUC têm um departamento jurídico que pode tratar do assunto, mas até é fácil descobrir os autores dos danos, por outros utentes da residência ou seu delegado e mesmo do funcionário responsável", sustenta Hugo Ferreira.

Gouveia Monteiro encara a proposta dos estudantes como "um contributo" para a discussão do regulamento. Coimbra tem actualmente 13 residências universitárias, num total de 1354 camas.

Fonte: http://jn.sapo.pt/paginainicial/pais/concelho.aspx?Distrito=Coimbra&Concelho=Coimbra&Option=Interior&content_id=1556971

Alunos da Universidade de Coimbra criticam caução para acesso às residências


Um grupo de estudantes da Universidade de Coimbra reclama o fim de uma caução para acesso às residências universitárias, mas os Serviços de Acção Social remetem o assunto para a discussão do novo regulamento.


A caução, de 50 euros, está em vigor desde Setembro e foi a forma que os Serviços de Acção Social (SASUC) encontraram para serem ressarcidos por eventuais danos provocados pelos estudantes nas residências.

A medida é contestada pelos alunos, num abaixo-assinado promovido pela Plataforma de Residências Universitárias, com 600 subscritores, no qual os estudantes propõem um sistema que penalize apenas os autores dos danos. "A Universidade impõe a estudantes carenciados o pagamento prévio de 50 euros para aceder às residências, logo em Setembro, quando as bolsas de estudo ainda não foram atribuídas. Queremos que apenas seja prejudicado o infractor", disse hoje Hugo Ferreira, porta-voz da Plataforma.

No documento, os estudantes sustentam que "se o objectivo é o de prevenir eventuais danos causados e punir os já provocados, a melhor forma de prevenção é a punição dos infractores, no momento da infracção e na medida dos danos causados, seguindo um processo justo e regulamentado". "O estudante assinaria um documento através do qual permitia aos SASUC, no caso de provocar algum dano (nas residências) e apenas na data da ocorrência do mesmo, descontar da sua bolsa o valor equivalente ao prejuízo", sugere a Plataforma, considerando ser este um sistema "mais justo e eficaz".

Atendendo a que se trata de alunos carenciados, a Plataforma propõe que o pagamento do dano possa ser efectuado de forma faseada. "Os SASUC têm um departamento jurídico que podem tratar do assunto, mas até é fácil descobrir os autores dos danos, através dos outros utentes da residência ou seu delegado e mesmo do funcionário responsável pela residência", sustenta Hugo Ferreira, aluno do 4.º Ano de Direito.

O administrador dos SASUC, Jorge Gouveia Monteiro, disse que os critérios de admissão são "um dos pontos" do novo regulamento de utilização das residências universitárias, que hoje entrou em discussão pública. "Quero fazer uma discussão pública séria para que haja um regulamento no qual toda a gente se reveja, não vou comprar uma discussão jornalística sobre um dos itens do regulamento", disse.

Gouveia Monteiro encara a proposta dos estudantes como "um contributo" para a discussão do regulamento, que prevê esteja concluída no final de Maio. "Temos 1354 camas em 13 residências universitárias, este é um património muitíssimo importante, que tem de ser preservado, com regras de convivência claras", frisou.

Fonte: http://www.publico.pt/Educa%C3%A7%C3%A3o/alunos-da-universidade-de-coimbra-criticam-caucao-para-acesso-as-residencias_1434654

terça-feira, 27 de abril de 2010

Acção Social no Ensino Superior: a palavra das Residências Universitárias

A carta aberta da Plataforma das Residências Universitárias contra as cauções.

É do conhecimento comum que a origem dos problemas da Acção Social no Ensino Superior é dúplice: o sub-financiamento estatal e a burocratização dos Serviços de Acção Social (SAS). De entre outras dificuldades despoletadas, aqueles problemas acentuam-se quando nos centramos no tema da degradação das Residências Universitárias (RU) dos Serviços de Acção Social da Universidade de Coimbra (SASUC).

Com o objectivo de contribuir para a resolução destes problemas, quando muito para os dirimir, um grupo diversificado de estudantes, das RU, bolseiros, gente anónima que se solidarizou com a causa, fez nascer um movimento social, assumindo o compromisso da defesa de valores que julga essenciais. Assim, nasceu a Plataforma de Residências da Universidade de Coimbra.

É certo que o sub-financiamento e a burocratização, são, em grande medida, problemas alheios aos SASUC. Acontece que todos os SAS têm ao seu dispor um importante espaço discricionário, através do qual, mediante os problemas/necessidades concretos, podem regular a sua organização interna de forma a atenuar aqueles problemas/necessidades. É esse o caso do pagamento da Caução de 50 Euros como requisito de acesso/atribuição às RU dos SASUC, instituto criado e aplicado durante este ano lectivo.

Do nosso contacto com os colegas das 13 Residências, ressaltaram vários problemas.

1- Desde logo um problema/argumento de princípio. Comparar a Caução imposta pelos SASUC, com a Caução exigida pelo Regime de Arrendamento Urbano, parece-nos ilegítimo. Tratam-se de relações “contratuais” completamente diferentes. O fim almejado por este “contrato” não é o da satisfação do interesse do arrendatário ou do inquilino. A relação entre os SASUC e estudantes das RU assenta num vínculo de solidariedade e o fim em vista é, pois, um fim social.

2- Se o fundamento da Caução é o de prevenir a falta de pagamento de danos patrimoniais eventualmente causados nas RU, parece-nos bastante questionável que a prévia coacção financeira sobre estudantes carenciados seja o melhor remédio...

3- A forma precipitada da aplicação do instituto da Caução, sem auscultação consistente dos delegados das Residências, merece a nossa censura vil.

4- Problemas decorrem igualmente do tempo e da forma de pagamento da Caução. Será justo exigir o pagamento da Caução durante o mês de Setembro, quando nem sequer foram atribuídas/pagas as bolsas de estudo (sendo certo que esse atraso não é da responsabilidade do estudante-bolseiro)? Qual a razão para a inflexibilidade da forma de pagamento da Caução? Porquê o pagamento maioritário em dinheiro e as raras excepções do pagamento por multibanco ou cheque? O que é feito, durante o ano lectivo, aos cerca de 50 mil Euros resultantes do pagamento de cauções dos estudantes das RU? Como se não bastasse, verificaram-se ainda alguns problemas nos registos de pagamento dos SASUC quanto às pessoas que tinham ou não pago a Caução, tendo sido os SASUC obrigados a enviar emails para todos os estudantes.

5- Estando as RU bastante degradadas, de que forma se estabelece a barreira entre a culpa (dolo e negligência) ou o mero dano patrimonial resultante daquela degradação? Há um processo de averiguação definido com todas as garantias asseguradas?

6- Se mais argumentos não existissem, o instituto da Caução foi aplicado sem que estivesse previsto no respectivo Regulamento...

Para além do meio milhar de assinaturas recolhidas numa petição contra o pagamento da Caução como requisito de acesso/atribuição de RU, esta Plataforma, por força dos seu crescimento e do cariz frutífero dos seus contactos nas múltiplas Residências, está hoje em condições de apresentar um modelo alternativo para a prevenção e cobrança dos eventuais danos patrimoniais causados nas RU.

Neste sentido, propomos que à semelhança do que sucede com o pagamento da renda mensal das RU, o estudante assine um documento, através do qual autorize os SASUC a descontar da bolsa de estudo, o valor equivalente ao dano provocado, mas apenas ao estudante infractor, no momento da prática do delito e na medida do prejuízo causado. Uma vez provocado o dano, seguir-se-ia uma fase de instrução, célere mas justa, onde fossem concedidas todas as garantias às partes e que permitisse alcançar a verdade e, por consequência, ressarcir os SASUC. Tratando-se de estudantes carenciados, pode acontecer que os danos provocados pelo infractor sejam de tal maneira elevados que o pagamento imediato e total dos estragos dificulte desproporcionalmente a situação sócio-económico do colega que comete o delito. Por isso mesmo, propomos que neste tipo de casos seja concedida a possibilidade de se proceder a um pagamento faseado dos danos causados, para que a carência efectiva do colega infractor não o impeça de pagar os estragos provocados e, concominantemente, lhe permita durante o tempo em que deve saldar a dívida viver sem grandes constrangimentos financeiros. Assim se garantirá não só o saldar das dívidas, bem como a justiça. Os danos patrimoniais seriam pagos, satisfazendo a pretensão dos SASUC, pelo estudante que os provocou, no momento em que os causou e na medida dos prejuízos existentes.

A petição contra o pagamento da Caução, constitui apenas a primeira fase do movimento social criado pela Plataforma de Residências da Universidade de Coimbra. Já em Maio está prevista a entrega ao Administrador dos SASUC de um Caderno de Reivindicações que, de forma detalhada, especificará as principais carências das 13 RU dos SASUC. É esta a natureza da nossa intervenção cívica e política. Construir maiorias sociais capazes de pressionar a transformação da nossa realidade.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Pedidos (de empréstimos para estudar) ultrapassam os nove milhões de euros

Estudam em Coimbra 799 alunos que pediram empréstimos para frequentar o ensino superior. Depois de Lisboa e Porto, a região de Coimbra está em terceiro lugar no “ranking” do valor concedido pela linha de crédito com garantia mútua.

Em Dezembro de 2009, 11.108 estudantes, a nível nacional, tinham recorrido à linha de crédito, um número que, em apenas dois anos cresceu mais de 600 por cento: entre Dezembro de 2007 (data de criação da linha) e Dezembro de 2009, o número de empréstimos passou de 1.524 para mais de 11 mil.

No que respeita a apoios contratados nos estabelecimentos de ensino da região de Coimbra, o valor ultrapassa os nove milhões de euros. No entanto, o relatório do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, a que do DIÁRIO AS BEIRAS teve acesso, adverte que a distribuição geográfica dos pedidos de empréstimo deverá estar directamente relacionada com a distribuição da população.

Refira-se que quase dois terços dos empréstimos estão a ser dirigidos a estudantes matriculados em estabelecimentos de ensino superior públicos, com um maior peso das universidades por oposição aos institutos politécnicos. Os alunos de Enfermagem são os que mais recorrem ao crédito (590 pedidos), seguidos pelos de Direito (507) e Arquitectura (309). Medicina está no sexto lugar, com 220 empréstimos. Os que menos recorrem à banca são os alunos de Biologia (64). Lisboa e Porto registaram 2.228 e 2.153 contratos, respectivamente, e Portalegre e Bragança pouco mais de cem.

Até ao final de 2009, o valor de crédito contratado com os 11.108 estudantes ascendia a mais de 128 milhões de euros, valor a ser desembolsado durante o período de tempo que durarem os respectivos estudos (até um máximo de cinco anos). Em 31 de Dezembro de 2009, o valor do crédito já utilizado era de 45.8 milhões de euros. O ministério refere que apenas cerca de 30 por cento dos estudantes com empréstimos são bolseiros da Acção Social do Ensino Superior.

domingo, 25 de abril de 2010

Carta apresentada ao Administrador dos SASUC contra o pagamento da Caução

Exmo. Sr. Administrador dos Serviços de Acção Social da Universidade de Coimbra,

O como, o porquê e o para quê da Plataforma de Residências da Universidade de Coimbra

Há muito que a situação vivida pelos estudantes das Residências Universitárias dos Serviços de Acção Social da Universidade de Coimbra (SASUC) exige esta interpelação. À degradação física dos nossos espaços de residência, alia-se um relacionamento distante entre estudantes e respectivos serviços, sem que aqui interesse descortinar os motivos desse distanciamento.

Com o objectivo de contribuir para a resolução de muitos destes problemas, quando muito para os dirimir, um grupo diversificado de estudantes, das Residências Universitárias, bolseiros, gente anónima que se solidarizou com a causa, assumiu o compromisso de se unir em torno da defesa de valores que julga essenciais. Assim nasceu a Plataforma de Residências da Universidade de Coimbra. Não se trata de um grupo institucionalizado, com uma organização interna definida, um grupo de trabalho fixo e homogéneo. Do que se trata na verdade, é de um movimento social, alicerçado no trabalho voluntário de todos e todas quantos vêm nos serviços prestados pelos SASUC uma condição (indispensável) para a sua formação superior. 1 - Contribuir para a resolução dos problemas de relacionamento entre estudantes e SASUC; 2 - Unir a voz dos estudantes à dos Serviços de Acção Social na exigência de mais financiamento estatal para este sector; 3 - Propor alterações ao regulamento interno das Residências ou de situações conexas que consideramos injustas; Eis o que nos move. Dada a origem da Plataforma, os objectivos trilhados, a natureza do nosso trabalho, perceberá o quão importante tem sido o nosso trabalho de base, de auscultação das dificuldades e reivindicações dos nossos colegas das Residências Universitárias.

Chegados aqui, uma clarificação se impõe: de entre os objectivos definidos por esta Plataforma, não constam, com toda a certeza, o afrontamento, a provocação ou o questionamento da boa vontade, tanto de V. Ex.ª, como dos restantes funcionários dos SASUC. Dirigimo-nos a V. Ex.ª com espírito de cooperação, com a firme convicção de que frustradas todas as outras tentativas de diálogo, desta feita, nos conseguiremos entender sobre os assuntos que perturbam o nosso relacionamento.

Todos sabemos que os diversos problemas da Acção Social encontram, grosso modo, a mesma origem: o sub-financiamento estatal. 1 - O número insuficiente de estudantes abrangidos pela Acção social e que em consequência abandonam os seus estudos; 2 - Os modelos burocráticos de avaliação dos pedidos de bolsas de estudo; 3 - A forma de cálculo das bolsas de estudo; 4 - Os atrasos insuportáveis na atribuição e pagamento das bolsas; 5 - A degradação dos espaços das Residências Universitárias, em particular as insuficiências materiais e de pessoal de limpezas e manutenção desses espaços.

Talvez com excepção dos problemas burocráticos, que são partilhados tanto pela regulamentação estatal como pelos Serviços de Acção Social, todos os restantes obstáculos são cobertos pela “nuvem negra do sub-financiamento”. Por isso, nesta carta não dirigimos as nossas atenções a problemas aos quais os SASUC são, em grande medida, alheios.

Acontece que todos os Serviços de Acção Social têm ao seu dispor um importante espaço discricionário, através do qual, mediante os problemas/necessidades concretos, podem regular a sua organização interna de forma a atenuar aqueles problemas/necessidades. É esse o caso do pagamento da Caução de 50 euros como requisito de acesso às Residências Universitárias dos SASUC, instituto criado e aplicado este ano lectivo. Aqui, ao contrário dos outros problemas acima enunciados, não há responsabilidade (pelo menos directa) do Governo. Trata-se de uma medida da inteira responsabilidade dos SASUC. Por isso, a Plataforma de Residências da UC decidiu avançar com uma petição contra o pagamento da Caução como requisito de acesso/atribuição às Residências Universitárias dos SASUC.
Caução: Uma sucessão de erros (problemas)

Do nosso contacto com os colegas das 13 Residências dos SASUC, ressaltou logo um problema prévio à aplicação deste instituto. É que os estudantes não foram ouvidos consistentemente ao longo de todo este processo. Os SASUC limitaram-se a fazer reuniões com os diversos delegados (durante a época de exames do segundo semestre do ano lectivo passado), através das quais se limitaram a passar a informação de que “no próximo ano os estudantes pagariam uma caução, caso tivessem a intenção de viver nas Residências”. Por maior que fosse o desencanto e a contestação à decisão tomada, o certo é que os estudantes já nada poderiam fazer para evitar a consumação daquele facto.

Por outro lado, o instituto da caução padeceu de problemas procedimentais graves.

Em primeiro lugar, exigindo o pagamento da Caução em pleno mês de Setembro, período durante o qual os estudantes efectuam imensas despesas escolares, sem que, a acrescer, a sua bolsa tenha sido atribuída ou paga. E a falta de pagamento é da responsabilidade de todos, menos do estudante que atempadamente entrega todos os documentos exigidos pelos SASUC... São conhecidos casos de estudantes das Regiões Autónomas, bem como estudantes Erasmus, que desconhecendo o instituto da Caução viram a sua vida bastante dificultada aquando da sua chegada a Coimbra. É bom não esquecer que se tratam de estudantes, na grande maioria dos casos, bolseiros e, portanto, carenciados. É certo, alegam os SASUC, que os estudantes com maiores dificuldades podem sempre pedir um adiantamento no valor de 50 euros que lhes permita pagar a Caução... Mas não seria esse adiantamento bastante mais útil se pudesse ser utilizado para fazer face a despesas bastante mais relevantes, tais como, despesas de alimentação, transporte, material escolar?
Em segundo lugar, outro dos problemas detectados é o da forma de pagamento da Caução. Aquando das reuniões entre delegados e a funcionária responsável pelo alojamento dos SASUC, a informação passada foi a de que o estudante teria de pagar a Caução em dinheiro, durante a primeira semana de Setembro, na tesouraria dos SASUC. Face à contestação sentida, os SASUC viram-se obrigados a flexibilizar este modelo. Houve flexibilidade quanto ao tempo de pagamento, uma vez que alguns estudantes ainda não procederam ao pagamento da caução (voluntária ou involuntariamente), mas muito pouca flexibilidade quanto ao local de pagamento e à espécie de pagamento. Apesar de alguns (poucos) estudantes terem feito esse pagamento em cheque ou por multibanco, o certo é que a grande maioria, por pressão dos SASUC, foi vítima daquela inflexibilidade e teve de pagar em dinheiro. Como se não bastasse, verificaram-se ainda alguns problemas nos registos de pagamento dos SASUC quanto às pessoas que tinham ou não pago a Caução, tendo sido os SASUC obrigados a enviar emails para todos os estudantes. Este problema levanta sérias questões de justiça e igualdade. Imagine-se o caso, frequente, do estudante que perdeu o comprovativo de pagamento? Talvez seja um problema de responsabilidade individual, mas não terá ele vindo à tona dada a incompetência efectiva dos SASUC? E o caso do estudante que não tinha pago a caução, mas que conhecedor deste problema, tenta aproveitá-la em seu favor? E o caso do estudante que paga a caução, guarda o comprovativo, mas é obrigado a perder parte do seu tempo nas filas de espera dos SASUC?

É certo que o valor da Caução é devolvido ou renovado no final do ano lectivo. Mas afinal o que é feito com esse dinheiro ao longo do ano? Se os SASUC concedem alojamento a cerca de 1.200 estudantes, o que é feito aos cerca de 60 mil euros pagos pelos estudantes? Talvez tenha sido esta a questão mais polémica ao longo dos nossos contactos com os estudantes...

O pagamento da Caução levanta igualmente problemas quanto à imputação da culpa/responsabilidade e de carácter processual. Na realidade, se a caução é apresentada pelos SASUC como uma medida que visa condicionar eventuais comportamentos lesivos do património das Residências, de que forma é feita a avaliação acerca da responsabilidade do estudante? É que é bom não olvidar que tendo como cenário espaços degradados, é muito difícil definir a barreira entre a culpa (dolo ou negligência) do estudante ou a mero dano resultante da degradação da Residência. Assim, se em resultado de uma brincadeira um estudante cair em cima da cama, já de si bastante débil, e ela se partir, de que forma avaliam os SASUC a culpa e a responsabilidade do estudante? Por outro lado, incidindo as suspeitas sobre um estudante, de que forma é garantido o contraditório? Que meios de prova são legítimos? Basta a mera queixa de um outro companheiro? Há um processo de definido para estes casos? Quais? É resultado da auscultação dos delegados das Residências?

Os argumentos atrás expostos contra o pagamento da caução, embora de grande importância prática, assumem um papel secundário. É que há um problema de princípio em relação ao pagamento da Caução. Se ela surge, como referem os SASUC, como a medida mais eficaz (carece de prova esta afirmação) para prevenir eventuais danos causados nas Residências, será a coacção financeira sobre estudantes carenciados a melhor resposta a dar a esta situação? A verdade é que os principais interessados na manutenção das Residências são os próprios estudantes, não obstante a existência de uma minoria que causa danos. Os estudantes são os principais interessados, mas não são os responsáveis por aquela manutenção. Se existem casos de estudantes que lesam o património dos SASUC e se recusam a pagar, não é esse um problema de fiscalização da responsabilidade dos próprios serviços? Será justo aplicar a todos os estudantes um regime que visa dar respostas aos problemas causados por uma minoria?

Numa declaração de V. Ex.ª ao Jornal Universitário A CABRA, comentando a nossa petição contra o pagamento da Caução, teve a oportunidade de dizer que o texto da nossa petição apresentava alguns pontos disparatados. Qual não é o nosso espanto, quando na declaração seguinte compara a caução dos SASUC à caução do Regime de Arrendamento Urbano. Permita-nos que lhe devolvamos a crítica. Mais do que ninguém, V. Ex.ª saberá que se tratam de situações totalmente diversas. A relação estabelecida entre os SASUC e os estudantes é claramente diferente da relação entre o inquilino e o arrendatário. Há um fundamento de solidariedade que marca o nosso vínculo com os SASUC. O fim primordial da relação não é o da satisfação nem do interesse do arrendatário, nem do inquilino. O fim almejado é um fim social, de interesse público. Acresce que a relação estabelecia entre os SASUC e os estudantes é perpassada por uma dependência dúplice (embora não seja recíproca): económica e jurídica.


Se mais argumentos não existissem, ressaltaria um de grande importância e gravidade, um problema jurídico: o requisito de pagamento da Caução de 50 euros como pressuposto de acesso/atribuição de Residência Universitária não costa do respectivo Regulamento. Sendo assim, poderão os SASUC continuar a exigir o seu pagamento? Poderão exigir o cumprimento dessa obrigação aos estudantes que ainda não a cumpriram?


Proposta de modelo alternativo

Esta iniciativa surgiu com o objectivo de contestar. Estivemos no terreno apenas a recolher assinaturas contra o pagamento da Caução. Todavia, o crescimento do nosso grupo de trabalho, o contacto, o diálogo frutífero com os restantes colegas das 13 Residências Universitárias dos SASUC, criaram condições, para que com esta carta, apresentássemos a V. Ex.ª um modelo alternativo.

Assim sendo, propomos o fim do pagamento da caução como requisito de acesso/atribuição de alojamento. Se o objectivo é o de prevenir eventuais danos causados e punir os já provocados, a melhor forma de prevenção é a punição dos infractores, no momento da infracção e na medida dos danos causados, seguindo um processo justo e regulamentado.

Neste sentido propomos que à semelhança do que sucede com o pagamento da renda mensal da Residência (isto é, os estudantes autorizam os SASUC a descontarem do valor da sua bolsa, o equivalente ao valor da renda no momento em que é paga a bolsa), que os Serviços sigam um modelo idêntico em sede de pagamento de danos causados nas Residências. Concretizando: o estudante assinaria um documento através do qual permitia aos SASUC, no caso de provocar algum dano no património dos SASUC e apenas na data da ocorrência do mesmo, a descontar da sua bolsa o valor equivalente àquele dano. Uma vez provocado o dano, seguir-se-ia uma fase de instrução, célere mas justa, onde fossem dadas todas as garantias às partes e que permitisse alcançar a verdade e, por consequência, ressarcir os SASUC. Uma vez que se tratam de estudantes carenciados, pode acontecer que os danos provocados pelo infractor sejam de tal maneira elevados que o pagamento imediato e total dos estragos dificulte desproporcionalmente a situação socioeconómica do colega que comete o delito. Por isso mesmo, propomos que neste tipo de casos seja concedida a possibilidade de se proceder a um pagamento faseado dos danos causados, para que a carência efectiva do colega infractor não o impeça de pagar os estragos provocados e, concomitantemente, lhe permita durante o tempo em que deve saldar a dívida viver sem grandes constrangimentos financeiros.

Assim se garantirá não só o saldar das dívidas bem como a justiça. Os danos seriam pagos, vendo os SASUC o seu interesse satisfeito, pelo estudante que os provocou, no momento em que o causou, e na medida do dano causado.

Ficam assim expostos os nossos argumentos e à consideração de V. Ex.ª o nosso modelo alternativo. Como atrás referimos, o nosso objectivo é através da cooperação e do diálogo, ajudar a resolver os problemas que assolam a realidade quotidiana dos estudantes das Residências Universitárias dos SASUC. Aceitamos o diálogo, mas, por força do que atrás dissemos, não podemos aceitar o modelo vigente. Assim ditam igualmente as cerca de 600 assinaturas que em anexo lhe enviamos. Trata-se de um “muro inultrapassável”!

Finalmente, vimos pedir a V. Ex.ª a marcação urgente de uma reunião com representantes desta Plataforma, para que o assunto volte a ser discutido, a nossa proposta alternativa seja mais desenvolvida e possamos, enfim, chegar ao consenso que estou certo, ambas as partes pretendem.

Pelas Residências Universitárias!

Pelos SASUC!

Cumprimentos fraternos,

Plataforma de Residências da UC

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Pedidos de bolsas subiram cinco por cento na UC: atribuídas 4.870

Os pedidos de bolsa de estudo na Universidade de Coimbra (UC) aumentaram cinco por cento este ano, chegando aos 6.438, diz o administrador dos Serviços de Acção Social, que considera que o regulamento está «desajustado das necessidades das famílias».

Segundo dados fornecidos à agência Lusa pelos Serviços de Acção Social (SASUC), dos 6112 processos despachados, 4.870 obtiveram bolsa, 40 por cento dos quais resultaram no «último escalão», o montante mínimo.

«O regulamento de bolsas continua desajustado das necessidades das famílias, naturalmente que haveriam mais candidatos com bolsas se as regras fossem outras», observou o administrador dos SASUC.

Jorge Gouveia Monteiro considera que a bolsa mínima (114,70 euros mensais para estudantes residentes) «não é nada incentivadora e, na prática, o aluno não tem bolsa nenhuma», porque o que recebe é para «cobrir a propina» (996,85 euros anuais).

«Fundamentalmente, o que é preciso é que o dinheiro das bolsas chegue a quem precise e isso não está a acontecer», criticou Gouveia Monteiro.

Com o objectivo de estabelecer um «regime o mais favorável possível ao estudante», a UC não estipulou um prazo para apresentação de candidaturas e «admite pedidos a todo o tempo», estando neste momento 326 processos pendentes, dos quais 220 aguardam informação complementar solicitada aos candidatos.

Quer as instituições de ensino quer as associações de estudantes têm reclamado a alteração do actual regulamento de atribuição de bolsas de estudo, para permitir uma maior cobertura, tendo o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior solicitado às instituições de ensino, numa reunião a 12 de Fevereiro, que, no prazo de 15 dias, apresentassem sugestões para melhorar as regras.
O que a UC propôs foi «fundamentalmente acabar com os escalões» e introduzir um «sistema linear puro», em que «a bolsa é sempre igual ao valor entre o rendimento per capita do agregado familiar e a bolsa de frequência (o montante necessário para que um aluno possa frequentar os estudos)», disse Gouveia Monteiro.

O último escalão (bolsa mínima), justificou, «abrange uma disparidade brutal» de rendimentos (do agregado familiar) e que se situam entre os 315 e os 540 euros.

«A questão está nas mãos do ministro, enviámos as propostas (de alteração) há mais de um mês e continuamos sem resposta sobre qual a intenção quanto ao regulamento», afirmou o administrador dos SASUC, frisando que, «a ser alterado, tem de ser muito rapidamente, porque as matrículas são já em Junho».

in http://www.diariocoimbra.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=6908&Itemid=111

sexta-feira, 2 de abril de 2010

quarta-feira, 31 de março de 2010

Balanço das actividades da Plataforma de Residências da Universidade de Coimbra (PRUC)

De acordo com os objectivos fixados no início da sua actividade, a PRUC visitou com sucesso, ao longo do presente mês de Março, as 13 residências universitárias dos SASUC. Entre a zona do Pólo 1 e as zonas dos Pólos 2 e 3, foram várias as opiniões e queixas recolhidas, sendo estas últimas, na maior parte das vezes, partilhadas na forma de desabafos de quem já não acredita em grandes mudanças. Tal descrença surge pelo facto de muitos destes residentes terem, em momentos anteriores, apresentado junto dos SASUC as suas queixas relativamente a problemas vividos no dia-a-dia das residências e às quais raramente são dedicadas respostas concretas a curto e médio prazo. Os residentes sentem então que as suas necessidades são subvalorizadas, consubstanciando-se numa eterna espera e delongamento do seu bem-estar e qualidade de vida, os quais encontram-se claramente definidos no regulamento das residências dos SASUC enquanto propósito destes últimos. Esta parece ser a opinião da grande parte dos estudantes residentes abordados pela PRUC.

Quanto à iniciativa da petição contra a caução, é consensual entre um grande número de residentes que a aplicação da caução no início do mês de Setembro, quando ainda não haviam sido atribuídas as bolsas de estudo, constituiu um encargo pesado e inesperado, visto que não foram avisados sobre a aplicação de tal medida. A verificação do desconhecimento dos residentes relativamente à não regulamentação da caução fundamenta, por si só, o reflexo de uma relação de pouca proximidade entre os estudantes e os SASUC e que carece da inteligibilidade necessária a qualquer cidadão utilizador e pagador de serviços no que toca aos processos burocráticos das instituições. Tal complexidade e peso das práticas excessivamente burocratizadas dos SASUC parecem, então, afastar dois grupos sofredores do mesmo mal: o desinvestimento público actual no ensino superior. A diferença entre ambos reside apenas no grau das consequências – para uns, uma leve dor de cabeça no local de trabalho, para outros, a degradação diária das condições habitacionais usufruídas durante a estadia em Coimbra, designadamente quanto à segurança (por exemplo, móveis podres ou o desabamento parcial de um tecto), conforto (por exemplo, constrangimentos com água quente para o banho, insuficiência de equipamentos domésticos, mau isolamento das divisões) e salubridade (por exemplo, existência de ratos), entre outras.

Por outro lado, é consensual entre os estudantes abordados a opinião de que a aplicação da caução, sem que tenha sido feito um inventário sobre as condições estruturais e materiais actuais das residências, constitui um paradoxo. Qual será então o limite entre o desleixo dos residentes e a negligência dos SASUC na manutenção das habitações? Sem uma avaliação prévia de tais condições, com base em que critérios é que estão a ser avaliados actualmente os estragos? Até ao momento tais critérios parecem ser do exclusivo conhecimento dos SASUC. Mesmo tendo em conta as vozes que não se opõem à aplicação da caução, todos concordam unanimemente que a aplicação da caução, nos moldes em que está a ser concretizada actualmente, é imprópria e que resulta numa situação injusta para os estudantes.

No que toca à iniciativa do caderno reivindicativo, de uma forma geral os residentes demonstraram vontade em, mais uma vez, enumerar os problemas e carências das suas residências. De referir que, com alguma surpresa, as residências dos pólos 2 e 3 enumeraram também diferentes tipos de problemas: a) falta de equipamentos e problemas estruturais das casas; b) o meio ambiente em que estão inseridas, donde se destaca o isolamento, devido à escassez de transportes e de serviços naquela zona.

Portanto, se por um lado as residências mais antigas padecem dos efeitos da velhice das suas fundações, seriamente agravados pela ausência de qualquer tipo de manutenção, por outro as residências mais recentes parecem sofrer precocemente de algumas dessas maleitas, acrescidas de novas necessidades que não se verificam nas habitações do pólo 1. De notar que, apesar de à primeira vista não parecer uma verdadeira carência, as residências construídas recentemente surgem desprovidas de elementos característicos de um “lar”, tendo linhas excessivamente minimalistas que resultam em espaços desumanizados e impessoais e que não se coadunam com a criação de sentimentos de pertença a um espaço comum, como é o caso de algumas residências do pólo 1.

Por outro lado, a gestão desigual dos bens entre as residências mais antigas e as mais recentes suscita uma questão inquietante: estarão os SASUC a deixar em agoniante espera tais habitações, até ao momento em que todas as unidades orgânicas da UC funcionem nos pólos 2 e 3 e, portanto, que todos os residentes sejam transferidos para lá? E entretanto, o que nos compete a nós, estudantes, fazer enquanto cidadãos? Esperar, adiando os nossos direitos para amanhã ou reivindicá-los agora? Para quem optar por esperar, surge desde já um esboço daquela que parece ser a situação aguardada: as residências dos pólos 2 e 3, apesar de serem novas, também apresentam problemas estruturais, logo a espera certamente irá continuar… para não falar que surge uma espera acrescida pelos meios de transporte públicos e pelas redes de vizinhança que se perderam, e que dariam outra cor à estadia na (des)romantizada cidade dos estudantes.

Para nós, Movimento da PRUC, parece-nos que muitos não querem esperar! Ou não fosse a espontaneidade com que uma dezena de estudantes se juntou em torno desta causa, (incluindo não residentes e não bolseiros) a responsável pela concretização deste primeiro objectivo de visitar as residências durante o mês de Março com sucesso! Assim como a óptima recepção oferecida pela maioria dos residentes visitados.

A todos eles, obrigada! Continuemos então a caminhada, pois ninguém melhor do que os residentes que sentem diariamente todos estes problemas para dar voz a esta causa!

terça-feira, 23 de março de 2010

Notícia "Grande Porto" sobre a Petição da Plataforma das Residências da Universidade de Coimbra


Universidade Porto sem verbas para construir residência universitária

Os Serviços de Acção Social da Universidade do Porto (SASUP) já adquiriram os terrenos para a construção de uma nova residência universitária, que ficará localizada no pólo 2, junto à Faculdade de Economia, no entanto ainda não existe financiamento disponível. João da Cruz Carvalho, director dos SASUP, explicou ao GRANDE PORTO que ainda não há datas definidas para o arranque da obra, por falta de verbas, contudo referiu que, “caso haja possibilidade, os SASUP poderão partir para uma parceria com privados”.

A construção da nova residência, que terá 180 camas, uma cantina, que substituirá a da Faculdade de Economia, e um bar de apoio, é urgente para dar resposta aos diversos programas de mobilidade da UP, como sublinhou João Carvalho: “A UP necessita de aumentar a oferta de alojamento para responder aos programas de mobilidade que tem neste momento, sendo das instituições do País com mais estudantes internacionais”. A UP tem 1220 camas distribuídas por nove residências universitárias, com uma taxa de ocupação na ordem dos 90 por cento, um número que João Carvalho considera satisfatório para os alunos da universidade, mas insuficiente para os de mobilidade.

Segundo o director dos SASUP, todos os alunos bolseiros que solicitam residência são alojados, sobrando ainda camas para alguns alunos de mobilidade, alunos não bolseiros e estudantes de instituições com as quais a UP tem protocolos. Contudo, como lembrou, alguns alunos preferem alugar apartamentos por uma questão de maior autonomia.

Nuno Moniz, estudante do ISEP que tem desenvolvido algum trabalho com alunos que vivem em residências, explicou que não tem havido grandes problemas no que diz respeito ao acesso dos alunos às residências, mas considera que no Porto não existe, entre os estudantes, uma cultura de residências universitárias. “As condições que a UP oferece são aceitáveis, mas penso que no Porto, ao contrário de Coimbra, por exemplo, onde há maior unidade e associativismo dos estudantes, não existe uma cultura de residências, pelo que os alunos preferem viver em apartamentos alugados”, concluiu Nuno Moniz.

Petição contra caução

Entretanto, os alunos residentes nas residências universitárias dos Serviços de Acção Social da Universidade de Coimbra lançaram uma petição online, em http://plataformaresidenciasuc.blogspot.com, para contestar a caução imposta pelos SASUC como condição de acesso às residências. Hugo Ferreira, da Plataforma de Residências da UC, revelou que estão a ser desenvolvidos dois movimentos em Coimbra: “Um contra o pagamento da caução de 50 euros, que consideramos injusta, pois os SASUC argumentam que será para cobrir danos causados e nós pensamos que os alunos responsáveis pelos danos é que devem pagar os respectivos valores, e outro de elaboração de um caderno reivindicativo”.

O caderno, onde será apresentado um conjunto de problemas e propostas de soluções, será entregue à administração dos SASUC no final de Abril.

fonte: http://www.grandeportoonline.pt/catalog/product.do?productId=d1dc5499257287fb01272b8280130925

sexta-feira, 19 de março de 2010

Cantinas dos SASUC

"Filas para almoço fazem perder aulas" - Cantinas sociais têm muita procura e poucos recursos humanos, principalmente no Pólo II, onde as filas são enormes. Responsáveis ponderam reajustar horários das aulas, para deixar maior margem aos alunos

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Os Serviços de Acção Social da Universidade de Coimbra (SASUC) anunciaram em conferência de imprensa realizada ontem, 17, que os
restaurantes universitários terão, a partir do mês de Abril, novas ementas. O administrador dos SASUC, Jorge Gouveia Monteiro, acredita que a medida aumentará a "atractividade das ementas e dos restaurantes"

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sábado, 13 de março de 2010

Registo de Nascimento da Plataforma de Residências da UC

A essência de um problema, encontramo-la em grande parte dos casos, na sua origem. A origem do “problema” que perpassa a vida dos estudantes bolseiros e das residências universitárias é dúplice: o desinvestimento público em matéria de acção social e a burocratização dos serviços administrativos.

Em matéria de (des)investimento público foi o próprio reitor da Universidade Coimbra a reconhecer que “as instituições não podem sobreviver com o actual nível de financiamento”. Temos, portanto, como alternativa, uma de duas opções: a) aumentar sustentadamente o financiamento público do Ensino Superior; b) aumentar o nível de comparticipação dos estudantes, por uma de duas vias – i)aumentar a propina, o que implica ultrapassar a barreira constitucional; ii) reduzir o número de alunos no ensino público, aumentando o privado. A análise da política definida e executada pelos sucessivos governos neste sector, revela que de entre aquelas duas opções, a segunda tem merecido preferência. E nem mesmo o aumento de verbas previsto no próximo Orçamento de Estado para a Acção Social, pode rebater o sentido desta conclusão, uma vez que se trata de um acréscimo que faz igualar a transferência global de 2010, à que se verificou em 2005.

Acresce que àquela asfixia financeira dos múltiplos serviços de acção social, se aliam um conjunto de práticas burocráticas, complexas e na grande maioria dos casos desnecessárias e desconexas.

Mas quais as consequências sentidas no quotidiano dos estudantes resultantes destes factores?

Sendo o investimento estadual reduzido isso implicará menos bolsas e bolsas mais baixas. Por isso se regulamentou uma nova fórmula de cálculo da bolsa, que de entre outras arbitrariedades, exige que os serviços sociais, na computação dos rendimentos dos agregados familiares incluam, para além do ordenado/rendimento base (12 meses), o subsídio de férias(13º mês) e de Natal(14º mês). Por um lado o Estado entende conceder aos trabalhadores um benefício económico em épocas de lazer. Por outro lado, ironicamente, o mesmo Estado, através desta nova fórmula de cálculo da bolsa, discrimina negativamente esse mesmo benefício. O que se dá com a mão esquerda, tira-se com a mão direita…

É também a falta de investimento público que explica parte da burocracia e do consequente atraso no pagamento das bolsas de estudo. A lógica que parece imperar é a da redução do número de funcionários públicos, em todas as áreas e sectores. Em abstracto, olham-se os números de funcionários, sem que se analise se estão ou não bem distribuídos, se existem carências concretas a dirimir num ou outro sector, etc. É essa lógica que depois explica que cada assistente social tenha sobre o seu encargo, em média, 800 pedidos de Bolsa para analisar, daqui resultando os atrasos sufocantes no pagamento de bolsas.

É por estarem mal organizados, mas sobretudo, por falta de financiamento, que vários serviços de acção social não têm os dados referentes aos estudantes informatizados, obrigando ambas as partes, a perdas de tempo desnecessárias.

Finalmente, o abstencionismo económico do Estado no sector da acção social, tem ainda um outro efeito nocivo na vida dos estudantes, em particular dos bolseiros: a degradação das residências universitárias. Em Coimbra existem casos dramáticos que poderiam ser solucionados, se verbas existissem. Para além da falta de internet em algumas residências (é bom lembrar que a internet é hoje um meio de estudo essencial), são conhecidos relatos que dão conta da falta/insuficiência de bens essenciais, como fogões, frigoríficos, máquinas de lavar roupa, etc. A tudo isto se soma a antiguidade da mobília, em muitos casos podre ou danificada.

Que proposta de resolução deste problema?

A resposta só pode ser uma: uma redefinição de prioridades o que implica uma solução política diferente da que tem sido seguida.

Esperar por essa mudança política ou potenciá-la cívica e socialmente agora?

Eis a questão. A plataforma de Residências da UC resulta precisamente desse dilema. Mais. Esta plataforma é uma das resposta possíveis a essa questão. Só a criação de um movimento de unidade, alicerçado num princípio sólido de solidariedade entre todos os estudantes e residências universitárias, permitirá a resolução daqueles problemas comuns acima enunciados. Poderão os SASUC ignorar a assinatura de todos os estudantes das residências contra o pagamento da caução de 50€? Se num caderno conjunto de reivindicações, forem descritos os problemas concretos de cada piso, bloco ou residência, poderão os SASUC ficar indiferentes?


terça-feira, 9 de março de 2010

Notícia Jornal "A Cabra" sobre a Petição da Plataforma das Residências da Universidade de Coimbra




Medida para cobrir estragos está a ser contestada por uma petição. Gouveia Monteiro considera o texto “disparatado nalguns pontos”

Até ao final de Março, a Plataforma de Residências da Universidade de Coimbra (UC) está a recolher assinaturas através de uma petição.
O texto pretende pôr termo à caução de 50 euros imposta como requisito de acesso aos estudantes colocados em alojamentos dos Serviços de Acção Social da UC (SASUC) e cuja finalidade é cobrir estragos que se possam vir a registar. Uma medida que, de acordo com a plataforma, começou a vigorar desde Setembro, atingindo um “limite inultrapassável” no cenário de “degradação sucessiva das residências”, citando o documento.

Hugo Ferreira, porta-voz do movimento, classificou a medida imposta pelos SASUC como “inqualificável”, alegando que se parte do princípio que “os estudantes destruíram algum bem comum da sua residência”. A plataforma vê a fiança como uma punição e defende que “um estudante só pode ser responsabilizado no momento em que comete o delito”. Confrontado com o documento, o administrador dos SASUC Jorge Gouveia Monteiro considera que o texto da petição é “nalguns pontos disparatado” e que caracterizar a caução como uma punição é recorrer a “uma linguagem francamente despropositada”.

Gouveia Monteiro ressalva que existem aspectos que justificaram a adopção da verba. E que segundo as informações que recebeu dos técnicos dos alojamentos, “há um volume de dívidas significativo” que não é liquidado após os estudantes abandonarem as residências. Neste sentido, o responsável dos SASUC revela que os estragos verificados em anos anteriores rondam um “número relativamente impressivo”: cerca de 150 mil euros. Um valor que “corresponde a quase 20 por cento” dos 800 mil euros anuais de receita proveniente dos alojamentos.

Gouveia Monteiro acrescenta que se tem dado a possibilidade aos estudantes de liquidarem as dívidas através de um regime de “pagamento faseado” e que há mesmo quem se “disponibilize para trabalhar” nos diferentes serviços dos SASUC. Por seu lado, Hugo Ferreira diz que a ser verdade um cenário de falhas no pagamento dos estragos, é porque existe um “problema de fiscalização” e que é nesse sentido que se devem concentrar esforços. Considera, deste modo, que “os estudantes não têm que ser responsabilizados por ineficiências dos serviços de acção social”.

O administrador dos SASUC argumenta que esta é uma medida que “existe em quase todos os serviços de acção social” do país e que a maioria das universidades adoptou “um mês de arrendamento”, tal como “se pratica nos apartamentos”.

Regulamento será discutido

Hugo Ferreira contesta a caução, que, no entender da plataforma, é “arbitrária”, já que nem “se encontra regulamentada”. Gouveia Monteiro mostra-se disposto a discutir a questão e refere que vai ler o Regulamento das Residências Universitárias dos SASUC “com muita atenção”. Defende que este tem de ser reformulado e que os estudantes deveriam entender que “a deterioração das residências será tanto maior quanto mais tardar a sua manutenção”.

Pretende também reunir com os delegados das residências e admite “introduzir as alterações [no regulamento] que achar que se justifiquem”. Questionado se a caução vai se manter ou não, o administrador esclarece que “depende da subsistência do fundamento para ela continuar a existir”.

Para já, a petição conta com quase três centenas de assinaturas na versão em papel, enquanto a online regista cerca de 80 subscritores.


(carregar na imagem para ampliar)

quarta-feira, 3 de março de 2010

Notícia "As Beiras" sobre a Petição da Plataforma das Residências da Universidade de Coimbra



Petição contra caução de 50 euros

A Plataforma de Residências da Universidade de Coimbra está a promover uma petição até final de Março para contestar a caução de 50 euros como requisito de acesso às residências universitárias dos SASUC. Num documento enviado às redacções, a plataforma acusa os Serviços de Acção Social de terem imposto” como condição de atribuição de residência”, o pagamento de uma caução no valor de 50 euros (que será devolvida ou renovada no final de cada ano lectivo), “argumentando que tal serviria apenas para cobrir eventuais danos materiais causados nas residências”. “É inaceitável que os SASUC partam do pressuposto de que os estudantes destruirão algum bem comum. Ainda que isso acontecesse, o estudante, como aliás sempre aconteceu, pagaria o dano causado, apenas e só uma vez ele verificado”. Como tal, exigem o fim da caução como requisito de acesso às Residências Universitárias dos SASUC.
Sobre este assunto, Gouveia Monteiro lembrou que a caução “não é nenhuma punição”. Antes pelo contrário: “é uma medida cautelar, à semelhança do que acontece no arrendamento urbano, mas que depois é devolvida ”. O administrador reconheceu que a caução não está prevista no regulamento dos SASUC, mas manifestou toda a disponibilidade para dialogar e examinar o assunto.

Fonte: http://www.asbeiras.pt/?area=coimbra&numero=80799&ed=03032010

segunda-feira, 1 de março de 2010

Pelo fim da caução como requisito de acesso às Residências Universitárias dos SASUC

A política governamental de desinvestimento público no Ensino Superior, em particular na Acção Social Escolar, é a realidade quotidiana dos estudantes.

Primeiro tivemos a alteração da fórmula de cálculo das bolsas de estudo, que passou a incluir (discriminando negativamente) os subsídios de férias e Natal dos agregados familiares. Depois seguiu-se um período insuportável de espera, em muitos casos desespero, pela atribuição e pagamento das bolsas. A esta realidade se alia a implementação do Processo de Bolonha, que impõe uma exigência irrealista no cumprimento dos requisitos de aproveitamento escolar.

Este processo contínuo de pauperização dos estudantes bolseiros, acentua-se ainda mais no caso dos residentes das Residências Universitárias. É que para além daquela realidade, estes estudantes têm assistido à degradação sucessiva das suas Residências, à redução do número de meios humanos e materiais disponibilizados para aqueles espaços, o que sem dúvida diminui a sua qualidade de vida.

Acontece que, neste ano lectivo, se atingiu um limite inultrapassável. Os Serviços de Acção Social da Universidade de Coimbra (SASUC) impuseram como condição de atribuição/acesso (d)a Residência, o pagamento de uma caução no valor de 50 euros (que será devolvida ou renovada no final de cada ano lectivo), argumentando que tal serviria apenas para cobrir eventuais danos materiais causados nas Residências.

É inaceitável que os SASUC partam do pressuposto de que os estudantes destruirão algum bem comum.

Ainda que isso acontecesse, o estudante, como aliás sempre aconteceu, pagaria o dano causado, apenas e só uma vez ele verificado.

Ninguém pode ser punido sem cometer previamente um delito!

Exigimos o fim da caução como requisito de acesso às Residências Universitárias dos SASUC!

Assina a Petição Aqui: http://www.peticaopublica.com/?pi=P2010N1458

Como concorrer

Como concorrer

O concurso a alojamento é feito:

A atribuição de alojamento exige uma criteriosa selecção de candidaturas, considerando-se nesta análise:

  • a situação sócio - económica do concorrente,
  • a distância do agregado familiar ao estabelecimento de ensino,
  • bem ainda como outras condições complementares.
Documentos (PDF) para impressão

Concurso 2009_2010:

Pedidos de Julho/Agosto/Setembro (45,0 Kb)

Serviço de Alojamento

Serviço de Alojamento

Concurso 2009_2010:

................................................................

pdf

Lista N2 de Alojamento/Realojamento 08_09

O Serviço de Alojamentos dos Serviços de Acção Social da Universidade de Coimbra tem por objectivo proporcionar ao estudante universitário uma habitação condigna e facilitar a sua inserção no meio académico.

  • 13 residências organizadas em:

    • unidades residenciais - andar - apartamento
    • média de 22 estudantes por cada unidade
    • sala de convívio
    • cozinha equipada
    • tratamento semanal de roupa de cama e atoalhados
    • televisão
    • jornal diário
  • Capacidade global de 1354 lugares

    • 739 femininos
    • 615 masculinos
  • As residências do Polo II dispõem também de:

    • Internet nos quartos
    • sala "Universia" equipada com 20 computadores

Residências Universitárias

Residências

Residência Universitária do Pólo III
Azinhaga de Sta Comba
3000-548 Coimbra
tel: (+ 351) 239 401 448/ 49/ 50
Residência Polo III
Residência Universitária da Alegria
Rua da Alegria, 4
3000 Coimbra
tel: (+ 351) 239 826 604/ 239 833 993
email: ralegria@megamail.pt
alegria.png
Residência Universitária António José de Almeida
Rua António José de Almeida, 206
3000 Coimbra
tel: (+ 351) 239 484 240/228
Residencia AJAlmeida
Residência Universitária Pedro Nunes
Rua Pedro Nunes, Bloco 4, porta L
Quinta da Nora
tel: (+351) 239 406 437
PedroNunes.jpg
Residência Universitária Santos Rocha
Rua Santos Rocha, 23 ­ R/C, 1º, 2º, 3 ºe 4º dto.
tel: (+ 351) 239 713 940
sr2.jpg
Residência Universitária João Jacinto
Rua João Jacinto, 22, 24, 26
tel: (+ 351) 239 833 804
jacinto6.jpg
Residência Universitária Padre António Vieira
Rua Padre António Vieira, 38
tel: (+ 351) 239 821 378
pav1.jpg
Residência Universitária São Salvador
Rua São Salvador, 7
tel (+351) 239 821 727(masculina)
(+351) 239 821 729(feminina)
s.salvador22.jpg
Residência Universitária Teodoro
Rua do Teodoro, 87
tel:(+ 351) 239 701 002/ 239 703 369
teodoro.jpg
Residência Universitária Penedo da Saudade
Rua Penedo da Saudade, 10
tel: (+ 351) 239 701 452
RESID_7.jpg
Residência Universitária Pólo II - 1
Rua Pinhal de Marrocos
tel: (+ 351) 239 703 268
Polo_II-A.jpg
Residência Universitária Pólo II - 2
Rua M - Vila Franca, Pinhal de Marrocos
tel: (+ 351) 239 708 600
Polo2II.jpg
Residência Universitária Combatentes
Rua dos Combatentes, 44
tel: (+ 351) 239 701 389/ 239 701 382
Residencia Combatentes